
Enchentes e deslizamentos devastadores atingiram a região de Emilia-Romagna, no norte italiano, e governo de Giorgia Meloni foi acusado de não enfrentar a crise climática.
Após causar inundações históricas na Europa Central, a tempestade Boris continua sua rota devastadora. A tormenta provoca chuvas intensas em áreas do norte da Itália, e o risco de inundações persiste.
Duas pessoas estavam desaparecidas e cerca de mil foram evacuadas de suas casas na 5ª feira (19/9) após enchentes e deslizamentos atingirem a região de Emilia-Romagna, no norte italiano. Os estragos geraram acusações de que o governo de extrema-direita de Giorgia Meloni não tem vontade de enfrentar a crise climática, destaca o Guardian.
Inundações foram relatadas na cidade central de Pescara, mas algumas das chuvas mais intensas ocorreram mais ao norte do país, informa a BBC. Falconara, na costa do mar Adriático, registrou 204 mm de chuva desde 4ª feira (18/9), bem acima da média de setembro, que é de cerca de 67 mm. E mais de 300 mm de chuva foram registrados na região montanhosa dos Apeninos.
As chuvas intensas devem diminuir ao longo desta sexta-feira, e o fim de semana parece ser mais seco. Mas, como visto em outros países atingidos por Boris, o risco de enchentes pode continuar.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu bilhões de euros em ajuda para as nações da Europa Central que sofreram enormes danos com a tempestade, que até agora causaram 24 mortes na região, informa a Al Jazeera. Von der Leyen fez uma visita rápida a uma área atingida pelas enchentes no sudeste da Polônia e se reuniu com os chefes de governo da Polônia, Áustria, República Tcheca e Eslováquia.
Reuters, EFE, RFI e Guardian repercutiram os efeitos de Boris na Itália.
Em tempo: Chuvas extremas também castigam partes da Ásia. A tempestade tropical Pulasan atingiu o leste da China, perto da capital financeira Xangai, trazendo chuvas intensas para a região que recentemente foi devastada pelo tufão Yagi, o mais forte a atingir aquela área em décadas, lembra a Bloomberg. Já o Vietnã, que também sofreu com Yagi, evacuou centenas de pessoas, fechou escolas e suspendeu voos enquanto uma nova tempestade avançava em direção à região central do país. Autoridades se preparavam para possíveis inundações repentinas em dez províncias, informa a Bloomberg.
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ClimaInfo, 20 de setembro de 2024.
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