A Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA) obteve financiamento de R$ 480 milhões do BNDES para ampliar sua produção de etanol e o volume de energia elétrica gerada a partir de biomassa em uma das suas unidades. Dos recursos totais emprestados pelo banco, R$ 220 milhões serão oriundos do Fundo Clima.
A Vale do Pontal Açúcar e Etanol, unidade da CMAA localizada na cidade mineira de Limeira do Oeste, utilizará o dinheiro do Fundo Clima para expandir sua capacidade de produção de etanol anidro à base de cana em até 85 milhões de litros, alcançando 205 milhões de litros do biocombustível por safra, informam Poder 360, Canal Rural, Globo Rural, Canal Energia, Brasil 247 e Megawhat. O valor também será usado para ampliar a geração elétrica a biomassa em até 34 megawatts (MW), alcançando 68 MW de capacidade.
A Vale do Pontal tem capacidade para processar 2,7 milhões de toneladas de cana por safra, produzindo etanol hidratado, açúcar e energia elétrica, que atende o consumo industrial e a área agrícola. O excedente de eletricidade é injetado no Sistema Interligado Nacional (SIN). Com o financiamento, a CMAA calcula que a usina passará a processar 4 milhões de toneladas de cana por safra.
De acordo com a empresa, com o aumento da produção de etanol, a Vale do Pontal também aumentará a sua capacidade de geração de Certificados de Descarbonização (CBios), créditos de carbono emitidos a partir de produção e comercialização de biocombustíveis.
Os R$ 260 milhões restantes, oriundos do programa BNDES Máquinas e Serviços, serão utilizados pelas três unidades da CMAA para modernização e aquisição de equipamentos agrícolas.
Em tempo: Enquanto uma empresa de biocombustível recebe investimento do BNDES na casa dos milhões, gira em bilhões o apoio dado pelo mesmo banco para mais energia suja e cara. O BNDES aprovou um apoio financeiro de R$ 3,8 bilhões para a Portocem Geração de Energia implantar uma termelétrica movida a gás fóssil em Barcarena (PA), informam Valor e Forbes. O projeto tem valor de R$ 5,4 bilhões e inclui implantação e operação da UTE Portocem I, com potência total de 1.571,9 megawatts (MW). A obra, que é parte do Novo PAC, inclui uma linha de transmissão de 3,8 km que será conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
