Setor de transportes propõe plano para reduzir emissões em 70%

Plano é resultado das conversas da Presidência da COP30 com setores econômicos do país mais intensivos em emissões em prol da descarbonização.
13 de maio de 2025
setor de transportes reduzir emissões
Divulgação/Prefeitura de São Paulo

O setor de transportes pode reduzir em quase 70% suas emissões de gases de efeito estufa projetadas para 2050. Para atingir esse resultado, o segmento propõe a adoção de “alavancas para a descarbonização”, que incluem mudanças na matriz de transportes, expansão do uso de biocombustíveis e eletrificação. Medidas que podem atrair R$ 600 bilhões em investimentos.

O diagnóstico integra o estudo “Como tornar o setor de transportes um contribuidor ativo para a redução das emissões brasileiras”, apresentado no seminário “Brasil rumo à COP30”, na 2ª feira (12/5), em Brasília. O plano foi elaborado pela Coalizão para a Descarbonização dos Transportes, formada por mais de 50 entidades.

O trabalho do grupo começou a partir de uma encomenda da Presidência da COP30. O presidente da conferência, embaixador André Corrêa do Lago, pediu a cinco setores da economia para apresentar planos para acelerar sua descarbonização – o de transportes foi o primeiro a entregar suas propostas, lembrou o Capital Reset.

A previsão de corte das emissões toma como referência o cenário de inação até 2050 com projeção de crescimento econômico no mesmo período. O estudo mostra que o setor de transportes é responsável por cerca de 11% das emissões brutas nacionais, totalizando 260 milhões de toneladas (Mt) de CO2 em 2023.

Com crescimento econômico e sem adotar medidas de mitigação, as emissões dos transportes podem atingir 324 MtCO2 em 2035 e 424 MtCO2 em 2050, detalhou o Valor. Com a aplicação das medidas, o volume em 2050 seria de 137 MtCO2, informou a IstoÉ Dinheiro. Ou seja, 68% menor que as emissões do cenário de inação e 47% menor que as emissões registradas em 2023.

O setor propõe “90 alavancas para a descarbonização”. Três delas têm maior impacto, com corte de 60% das emissões. Essas medidas estão relacionadas a mudanças modais na matriz de transportes, ao privilegiar transportes de menor emissão (como ferroviário e navegação); expansão do uso de biocombustíveis (etanol, biodiesel e SAF na aviação); e eletrificação de veículos ou adoção de novas tecnologias como o hidrogênio verde.

CNN e Exame também repercutiram as propostas de descarbonização do setor de transportes.

  • Em tempo: Os preços das passagens aéreas estão na lista de preocupações do governo federal com a COP30. Segundo a CNN, Gol e Latam disponibilizarão viagens para Belém com partidas de novas cidades no exterior e no Brasil a partir de junho e novembro, respectivamente, além de ampliar a oferta de voos em algumas rotas já existentes para Belém. Procurada, a Azul diz se preparar para a COP30 e que o divulgará o planejamento operacional oportunamente. O g1 também repercutiu a notícia.

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