Agosto registra menor número de incêndios em quase 30 anos no Brasil

Avanço de ações de prevenção ao fogo e condições climáticas mais amenas evitam repetição da tragédia dos incêndios florestais de 2024.
2 de setembro de 2025
focos de incêndios
Marcelo Camargo / Agência Brasil

Depois de recordes de incêndio em 2024, a Amazônia, o Pantanal e o Cerrado vivem algum alívio em 2025. O número de queimadas de agosto foi o menor de toda a série histórica para o mês desde 1998, início do monitoramento do INPE.

O INPE registrou 17.943 focos de incêndio no mês passado. O número é 62% menor que a média histórica para agosto (47.348) e 16% abaixo do recorde mínimo anterior (21.410 em 2013). É a primeira vez que a estatística fica abaixo dos 20 mil, ressalta O Globo.

Agosto costuma ser um período de seca em boa parte do país, criando o cenário ideal para os incêndios em vários biomas, quase todos eles provocados por humanos, intencionalmente ou não. Portanto, a queda das chamas num mês rotineiramente seco é uma boa notícia.

A queda dos incêndios beneficiou também a qualidade do ar em outras regiões. Com menos chamas no Norte e no Centro-Oeste, os corredores de fumaça que se formam sobre o continente sul-americano e chegam ao Sudeste e ao Sul não ocorreram, explica o MetSul. Nossa saúde agradece.

No entanto, o risco continua. Setembro costuma registrar ainda menos chuvas do que em agosto. Por isso, o presidente Lula se reuniu com governadores da Amazônia, do Cerrado e Pantanal. O objetivo foi alinhar ações com estados e municípios para combater o fogo e evitar o aumento das queimadas próximo à COP30.

No acumulado do ano, o Brasil totaliza 47.531 focos de incêndio. Com 22.772 mil focos, o Cerrado é o bioma com maior número de registros de fogo de 1º de janeiro a 31 de agosto (48%), enquanto a Amazônia teve apenas 22% dos registros (13.446). O Pantanal, bioma que sofreu bastante em anos recentes, registrou apenas 173 focos de calor, ou 0,4% do total nacional.

Após as secas intensas, que criaram o combustível para os recordes de incêndios em 2024, as condições climáticas mais amenas ajudam a evitar os desastres neste ano. Além disso, avaliaram especialistas, ações de prevenção avançaram, na esteira da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, informa a Deutsche Welle.

  • Em tempo: Proprietários rurais são agora obrigados a combater e prevenir incêndios em suas fazendas para evitar o que ocorreu em 2024. Resolução neste sentido foi publicada na edição de 2ª feira (1/9) do Diário Oficial da União pelo Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo (COMIF), comandado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). A informação é do Globo Rural.

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