
Os preços do petróleo no mercado internacional têm se mantido estáveis e devem manter essa tendência. Além da demanda crescer menos do que o previsto, há excesso de produção do combustível fóssil no mundo. Mas nem isso faz a Petrobras mudar seus planos de aumento da extração de óleo cru. Já os investimentos em fontes renováveis, ao que parece, continuam no limbo.
Em entrevista à Bloomberg Línea, repercutida pelo Megawhat, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que até mesmo os projetos menos lucrativos da empresa geram dinheiro enquanto o barril de petróleo permanecer acima de US$45. “Portanto, não há porque se conter”, afirmou. Assim, a petroleira deve manter o ritmo acelerado de crescimento deste ano em 2026 e pode crescer ainda mais rápido, segundo a executiva.
A produção da Petrobras no 2º trimestre, de 2,3 milhões de barris por dia (bpd), foi 7,6% maior que a registrada em igual período de 2024. E a petroleira continua a colocar novos poços em produção neste semestre. “O que tem o maior impacto para nós é o aumento da produção. Isso ajuda muito o fluxo de caixa da empresa”, frisou Magda.
Mas se a Petrobras vai bombear mais petróleo já descoberto, deve reduzir a busca por novos reservatórios justamente por causa dos preços mais baixos. Segundo Magda, os investimentos em exploração diminuirão em seu próximo Plano de Negócios, para o período 2026-2030.
No entanto, isso não deve significar abrir mão de poços na Foz do Amazonas. Afinal, a empresa pleiteia a licença do IBAMA para explorar o bloco FZA-M-59, onde finaliza um simulado de vazamento de petróleo, e adquiriu 10 áreas da Foz no último “leilão do fim do mundo” da Agência Nacional do Petróleo (ANP), em junho, em parceria com a estadunidense Exxon.
Em tempo: O governo agendou para 4 de dezembro um leilão de petróleo do pré-sal. A concorrência oferecerá ao mercado a parcela governamental na produção dos campos de Mero, Atapu, e Tupi, na Bacia de Santos. O leilão foi proposto pelo Ministério de Minas e Energia (MME) ao presidente Lula como alternativa para elevar a arrecadação em meio à crise gerada pela resistência do Congresso em aprovar a elevação do IOF, em junho. A expectativa é arrecadar R$15 bilhões. Folha, Agência Brasil, Valor, Money Times, Agência Infra e eixos repercutiram a notícia.



