Petrobras quer produzir mais petróleo mesmo com excesso de oferta global, diz Magda

Petrolífera deve manter ritmo acelerado de crescimento da produção em 2026.
27 de agosto de 2025
Petrobras exploração responsável foz do Amazonas Magda Chambriard
Wilson Dias/Agência Brasil

Os preços do petróleo no mercado internacional têm se mantido estáveis e devem manter essa tendência. Além da demanda crescer menos do que o previsto, há excesso de produção do combustível fóssil no mundo. Mas nem isso faz a Petrobras mudar seus planos de aumento da extração de óleo cru. Já os investimentos em fontes renováveis, ao que parece, continuam no limbo.

Em entrevista à Bloomberg Línea, repercutida pelo Megawhat, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que até mesmo os projetos menos lucrativos da empresa geram dinheiro enquanto o barril de petróleo permanecer acima de US$45. “Portanto, não há porque se conter”, afirmou. Assim, a petroleira deve manter o ritmo acelerado de crescimento deste ano em 2026 e pode crescer ainda mais rápido, segundo a executiva.

A produção da Petrobras no 2º trimestre, de 2,3 milhões de barris por dia (bpd), foi 7,6% maior que a registrada em igual período de 2024. E a petroleira continua a colocar novos poços em produção neste semestre. “O que tem o maior impacto para nós é o aumento da produção. Isso ajuda muito o fluxo de caixa da empresa”, frisou Magda.

Mas se a Petrobras vai bombear mais petróleo já descoberto, deve reduzir a busca por novos reservatórios justamente por causa dos preços mais baixos. Segundo Magda, os investimentos em exploração diminuirão em seu próximo Plano de Negócios, para o período 2026-2030.

No entanto, isso não deve significar abrir mão de poços na Foz do Amazonas. Afinal, a empresa pleiteia a licença do IBAMA para explorar o bloco FZA-M-59, onde finaliza um simulado de vazamento de petróleo, e adquiriu 10 áreas da Foz no último “leilão do fim do mundo” da Agência Nacional do Petróleo (ANP), em junho, em parceria com a estadunidense Exxon.

  • Em tempo: O governo agendou para 4 de dezembro um leilão de petróleo do pré-sal. A concorrência oferecerá ao mercado a parcela governamental na produção dos campos de Mero, Atapu, e Tupi, na Bacia de Santos. O leilão foi proposto pelo Ministério de Minas e Energia (MME) ao presidente Lula como alternativa para elevar a arrecadação em meio à crise gerada pela resistência do Congresso em aprovar a elevação do IOF, em junho. A expectativa é arrecadar R$15 bilhões. Folha, Agência Brasil, Valor, Money Times, Agência Infra e eixos repercutiram a notícia.

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