
As previsões estavam corretas: os ventos do furacão Melissa superaram a intensidade dos ventos do Katrina, que destruiu Nova Orleans, nos Estados Unidos. Além disso, a tormenta é considerada um dos furacões mais poderosos já registrados na bacia do Atlântico, segundo especialistas.
Melissa se aproximou da Jamaica na 3ª feira (28/10) ainda como um furacão de categoria 5, com ventos de 296 km/h que arrancaram telhados e derrubaram postes de luz, informa o New York Times. Em comparação, a intensidade máxima do Katrina foi de 280 km/h.
No entanto, a tormenta enfraqueceu um pouco, para a categoria 4, ao chegar à terra, no sudoeste jamaicano, no fim da tarde de ontem. Nesse momento, segundo a BBC, os ventos de Melissa estavam em 230 km/h. A expectativa era de até 760 mm de chuva em algumas áreas do país.
Com a expectativa catastrófica por causa da força de Melissa, centenas de milhares de pessoas foram evacuadas na Jamaica. Até ontem, sete mortes foram registradas em decorrência da tempestade, conta a NBC News — três na Jamaica e no Haiti e uma na República Dominicana.
Uma análise do New York Times compara o potencial de destruição de Melissa com outros furacões nos EUA. O movimento lento se assemelha ao do furacão Harvey, em 2017, que estagnou no Texas e despejou mais de 60 cm de chuva em poucas horas. Esse ritmo deve provocar na Jamaica chuvas prolongadas e potencialmente recordes, o que aumenta as chances de inundações repentinas e deslizamentos de terra.
Mesmo tendo sido rebaixado para a categoria 4, com ventos entre 209 a 251 km/h, Melissa continua potencialmente fatal. As autoridades de saúde jamaicanas alertaram residentes no sudeste da ilha a permanecerem em casa e tomarem cuidado com crocodilos, que podem ser deslocados de seus habitats naturais devido às fortes chuvas e inundações, destaca a Reuters.
Prevê-se que o furacão passe por Cuba e chegue às Bahamas nesta 4ª feira. Cinco distritos no sudeste do arquipélago já receberam ordens de evacuação.ABC News, NBC Miami, Al Jazeera, Newsweek e Metsul também reportaram os impactos do Melissa.



