Salles quer receber dos países ricos, mas despreza R$ 2 bilhões do Fundo Amazônia

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Mesmo com R$ 2,2 bilhões do Fundo Amazônia parados na conta, Salles repetiu mais uma vez a ladainha de que os países ricos teriam a obrigação de dar dinheiro para o Brasil preservar a Amazônia.

Ontem na COP, ele disse que “os serviços ecossistêmicos (…) precisam ser remunerados para serem valorizados. A nossa vinda à COP neste ano em especial tem tudo a ver com isso, que é, por exemplo, no artigo 6 do Acordo de Paris finalmente conseguir encontrar uma fórmula através da qual aqueles que foram os maiores emissores de gases de efeito estufa na história recente da humanidade que se responsabilizem efetivamente por aquilo que produziram.”

A esta altura, o ministro sabe muito bem que o Fundo Verde do Clima, que recebe recursos dos países ricos, não tem nada a ver com os mercados de carbono que, por sua vez, não tem muito a ver com os serviços ecossistêmicos. Salles adota a linha de sair falando qualquer coisa e conseguir aumentar a confusão. O Globo e o Estadão deram a declaração de Salles; o primeiro também se lembrou dos bilhões parados do Fundo Amazônia.

 

ClimaInfo, 10 de dezembro de 2019.

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