O Brasil no caminho da nova “Rota da Seda”

Uma das iniciativas mais fortes e polêmicas do governo chinês de Xi Jinping é a “Belt and Road Initiative” (BRI), por meio da qual o país financia, constrói e opera grandes obras de infraestrutura como estradas, ferrovias e plantas de geração de eletricidade em territórios de terceiros.

A primeira leva de projetos mirava a antiga Rota da Seda de Marco Polo, e envolvia projetos em toda a Ásia Central. De lá, a BRI foi se expandindo pelos Sudeste Asiático, África e até na Europa. Mais recentemente, a BRI atravessou o Oceano Pacífico e fechou negócios no Peru e no Chile.

Nesta semana, o vice-presidente do Brasil, General Mourão, esteve na China sondando a possibilidade do país “entrar na fila”.

Vale lembrar que os investimentos de empresas chinesas no Brasil nos setores fóssil e elétrico não fazem parte do BRI. Assim como a participação de capital chinês na Vale.

Há muita discussão se a BRI está contribuindo para aumentar ou reduzir as emissões globais. Pelo lado escuro, a China está construindo muitas térmicas fósseis, várias delas queimando carvão. Além disso, a quantidade de cimento e aço nas obras tem uma pegada pesada de carbono.

Pelo lado claro, parte dos projetos envolvem fontes renováveis de energia como eólicas e fotovoltaicas, e modais de transporte de baixa emissão de carbono, como ferrovias.

Para quem quer saber mais sobre a BRI, o ClimaInfo publicou dois artigos no seu site: “Por uma ‘Iniciativa Belt and Road’ de baixo carbono” e “A iniciativa chinesa Belt and Road é sustentável?

 

ClimaInfo, 22 de maio de 2019.

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