Metade da Floresta Amazônia pode desaparecer até 2050

24 de junho de 2019

Combine cenários de mudança do clima com projeções de desmatamento e o resultado pode ser uma Floresta Amazônica cortada ao meio, com quase toda sua parte sudeste reduzida a fragmentos.

Esse é um dos resultados de um trabalho de pesquisadores brasileiros e holandeses que acaba de ser publicado na Nature. Os pesquisadores analisaram a distribuição atual de mais de 10 mil espécies de árvores e cruzaram com cenários de desmatamento e com dois cenários climáticos do IPCC.

O líder do trabalho, Vítor Gomes, da Universidade Federal do Pará, explica que a parte mais a oeste e ao norte sofreu pouco desmatamento até agora e provavelmente será preservada por mais algum tempo. Já a parte sul e sudeste compõem o arco do desmatamento. O clima mudará em toda a região, mas seus efeitos serão distintos.

O cenário de maior controle do desmatamento resulta em uma perda de 21% da floresta e 19% da biodiversidade. Sem controle, a perda de floresta sobe para 40% e a de biodiversidade 36%.

No cenário climático que contém o aquecimento global em 2°C, perde-se 31% na biodiversidade e, no cenário no qual não se faz nada diferente do que hoje é feito, esse número sobe para 37%.

A combinação destes cenários faz a Amazônia rachar ao meio. É nessa direção que caminha o governo Bolsonaro.

O pessoal do Observatório do Clima comentou o trabalho.

 

ClimaInfo, 25 de junho de 2019.

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