Uma economia mundial quase parando e o recrudescimento da guerra comercial entre EUA e China estão por trás da demanda de petróleo crescer hoje à taxa mais baixa desde a recessão de 2008.
Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), de janeiro a maio, a demanda aumentou em pouco mais de 500 mil barris por dia, o menor incremento desde 2008. Em nota, a IEA avisou que “pioraram as perspectivas para um acordo político entre a China e os EUA sobre o comércio. Isso pode reduzir a atividade comercial e um aumento ainda menor da demanda por petróleo.” Nas últimas semanas, o preço do barril não fez senão cair.
Tradicionalmente, em situações semelhantes, os países produtores cortavam a produção até que os preços voltassem a subir. Desta vez, os produtores norte-americanos do fracking estão extraindo o que podem, inundando o mercado de óleo e gás, impedindo os preços de se recuperaem. A IEA avisa que “as perspectivas são frágeis.”
O Financial Times e a Reuters deram a notícia.
Há que se observar que, como de costume, quando a IEA fala de petróleo, a palavra ‘clima’ desaparece.
ClimaInfo, 13 de agosto de 2019.
Se você gostou dessa nota, clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.
