A Agência Internacional de Energia (IEA) divulgou o seu World Energy Outlook deste ano na 3ª feira com algumas mudanças na forma como seus cenários tratam a crise climática e a transição energética.
As mudanças são a resposta da Agência a uma carta datada de abril e enviada ao chefe da IEA, Fatih Birol, por mais de 60 líderes empresariais, investidores, cientistas climáticos e representantes de países vulneráveis. Os signatários pediram que a IEA fornecesse uma trajetória real para a limitação do aquecimento global em 1,5oC, e que seu cenário central refletisse o verdadeiro potencial das tecnologias de energia limpa, em oposição a se basearem em tendências “business as usual”.
No entanto, vários especialistas afirmam que o Outlook deste ano ainda é insuficiente e subestima consistentemente o crescimento das energias renováveis, particularmente da solar, enquanto superestima o pipeline de projetos de termelétricas movidas a carvão.
O relatório mostra que as emissões de carbono da indústria global de energia atingiram um novo recorde em 2018, apesar do progresso das energias renováveis nos últimos anos. Outras revelações importantes incluem um alerta sobre a perda global de ímpeto das melhorias de eficiência, a constatação de que os projetos eólicos offshore estão a caminho de atrair US$ 1 trilhão em investimento até 2040, e a projeção da preferência dos consumidores por SUVs pode vir a compensar os benefícios dos carros elétricos.
Reuters, The Guardian, New York Times, UPI, Axios, WSJ, AP, Bloomberg e Climate Home comentaram o relatório.
ClimaInfo, 14 de novembro de 2019.
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