Economia global será 3% menor até 2050 devido à baixa resiliência climática

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A mudança climática pode custar US$ 7,9 trilhões à economia global até meados deste século por conta do aumento de secas, inundações e de perdas nas colheitas que dificultam o crescimento e ameaçam a infraestrutura, mostra uma análise da The Economist. O Índice de Resiliência à Mudança Climática mediu o nível de preparação das 82 maiores economias do mundo e descobriu, com base nas tendências atuais, que o aquecimento global reduziria o PIB global em 3% até 2050.

A análise, que avalia a exposição direta de cada país às perdas provocadas pela maior frequência de eventos climáticos, constatou que a África está mais exposta ao risco, com uma perda potencial de 4,7% do seu PIB. A perda potencial da América do Sul ficou em 3,8%.

No geral, as nações em desenvolvimento apresentaram menor resiliência do que as mais ricas. Dos países avaliados, Angola foi o que apresentou maior perda potencial – até 6,1% do produto interno bruto. O estudo atribuiu esta perda a uma mistura de falta de infraestrutura de qualidade, bem como à condição geográfica do país, exposta a secas graves, à erosão do solo e à subida do nível do mar. Seguem Angola a Nigéria (5,9% de PIB negativo), Egito (5,5%), Bangladesh (5,4%) e Venezuela (5,1%).

A Rússia deverá perder 5% do PIB até 2050 e “sofrerá mais do que a maioria dos outros países do mundo com os efeitos negativos da mudança climática”, mesmo levando em consideração os benefícios potenciais do aumento da agricultura.

 

ClimaInfo, 22 de novembro de 2019.

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