Como há 3 milhões de anos

milhões de anos

Entre 3 e 5 milhões de anos atrás, quando a temperatura da Terra era de 2° a 3 °C mais quente e o nível do mar era entre 10 e 20 metros superior ao atual, a Terra tinha concentrações atmosféricas dos principais gases de efeito estufa semelhantes às dos dias de hoje.

Essa foi a triste notícia dada ontem pela Organização Meteorológica Mundial (WMO), ligada à ONU. De acordo com os cientistas, a concentração de CO2 em 2018 chegou à marca recorde de 407,8 partes por milhão (ppm), quase 150% cima dos níveis pré-industriais e mais do que os 405,5 ppm de 2017.

Também é preocupante esta taxa de aumento ter superado, em 2018, a taxa média de crescimento registrada nos últimos dez anos. O mesmo ocorreu com o metano – relacionado ao agronegócio, ao cultivo de arroz, a lixões e à exploração de combustíveis fósseis – e com o óxido nitroso – atrelado ao uso de fertilizantes e a alguns processos industriais. A concentração de metano e do óxido nitroso estão, respectivamente, 260% e 123% acima dos níveis pré-industriais.

Petteri Taalas, secretário geral da WMO, alerta: “Não há nenhum sinal de que estas taxas estejam se desacelerando, menos ainda que as concentrações desses gases na atmosfera estejam para cair, a despeito de todos os compromissos feitos no Acordo de Paris.”

Estima-se que os quatro maiores emissores destes gases – China, EUA, União Europeia e Índia – sejam responsáveis por 56% das emissões globais.

A notícia foi repercutida, entre outros, por Jornal Hoje, Jornal Nacional, O Globo, UOL, Exame, Folha de S.Paulo, El País, BBC e The Guardian.

 

ClimaInfo, 26 de novembro de 2019.

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