Crise climática: China passa de país líder a retardatário

26 de novembro de 2019

O FT destaca o alarme pré-COP25 desencadeado pelo que o jornal inglês chama de reviravolta de Pequim em relação às energias renováveis: “As preocupações com o impacto das mudanças climáticas nunca foram tão grandes. Mas a distância entre o que os países deveriam estar fazendo e o que eles estão realmente fazendo – bombeando níveis crescentes de dióxido de carbono para a atmosfera – também nunca foi tão grande.

Com a retirada dos EUA do Acordo de Paris sobre o clima, cada vez mais atenção é dada à China. O país é, ao mesmo tempo, o mais verde do mundo e, também, o mais poluente. Tem mais energia eólica e solar do que qualquer outro país, mas é também o maior construtor mundial de novas centrais a carvão.

No ano passado, as emissões da China atingiram um nível recorde, representando mais de metade do aumento global das emissões de CO2 relacionadas com a energia em 2018, de acordo com a Agência Internacional de Energia. Este ano, espera-se que as emissões chinesas cresçam cerca de 3% sobre as de 2018.

O investimento da China em energia renovável caiu 39% no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2018, segundo dados da Bloomberg New Energy Finance. Pequim retirou subsídios para projetos solares fotovoltaicos em meados do ano passado, e está diminuindo os subsídios para a energia eólica, o que causa uma mudança abrupta.”

Como diz um editorial do New York Post, “quase tudo o que o resto do mundo está fazendo para reduzir as emissões de carbono está sendo neutralizado por um único grande e mau ator – e este não é os EUA sob o Presidente Trump, mas a República Popular da China”.

 

ClimaInfo, 26 de novembro de 2019.

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