COP25: Confederação da Agricultura e Pecuária não aceita desmatamento-zero e exige compensação
A Confederação da Agricultura e Pecuária levou para a COP25 um documento alinhado com o discurso governamental segundo o qual o país já fez muito pelo meio ambiente e quer ser remunerado para continuar fazendo. Entendem que os países desenvolvidos precisam fazer a contribuição prometida para o Fundo Verde do Clima, de onde o país teria direito a um belo quinhão porque não existe “nenhum tipo de compensação ou pagamento aos agricultores brasileiros pela série de serviços ambientais e externalidades positivas ambientais que proporcionam à população mundial.” O documento destaca que o “desmatamento-zero deve ser frontalmente refutado, uma vez que a legislação vigente já garante o balanço de emissões e é a mais restritiva do mundo.” O Valor deu a notícia.
Nos parece importante observar que não existe em trecho algum do Acordo de Paris, nem em outros documentos climáticos, a previsão de recompensar quem quer que seja por simplesmente cumprir as leis nacionais.
Em tempo: sem contar o desmatamento, o setor agropecuário sempre foi o maior emissor do país, e, em 2018, foi responsável por 45% das emissões, segundo o SEEG.
ClimaInfo, 9 de dezembro de 2019.
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