A indústria fóssil investe em movimentos jovens

jovens antifósseis

As petroleiras e irmãs fósseis percebem a revolta subindo de tom, principalmente entre os jovens, e estão investindo em diálogo com diferentes grupos para reverter ou mitigar os efeitos. Os exemplos da Extinction Rebellion, de Greta Thunberg e do Fridays for Future mostram que os jovens não confiam no setor fóssil e o responsabiliza pela crise climática.

Alleen Brown, no Intercept internacional, conta de uma reunião promovida pela Student Energy (Energia dos Estudantes), organização sem fins lucrativos baseada em Alberta, Canadá, capital de óleo e gás das areias betuminosas do norte canadense. Ao invés de investir (só) em negacionistas, a face mais moderna da indústria patrocina encontros para dialogar com grupos jovens. A mensagem principal diz que a transição energética é necessária, mas o mundo precisará dos fósseis por muito tempo e que os países mais pobres sofrerão mais se não tiverem acesso aos seus produtos. Além disso, parte dos participantes nas reuniões do Student Energy buscam empregos na indústria.

Para se contraporem, ativistas se inspiram na Convenção-Quadro para Controle do Tabaco da Organização Mundial da Saúde, que declara que as partes “precisam estar atentas a quaisquer esforços da indústria do tabaco para minar ou subverter os esforços de controle do tabaco” e devem proteger os acordos e esforços contra “interesses comerciais e outros interesses adquiridos da indústria do tabaco”.

 

ClimaInfo, 17 de dezembro de 2019.

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