Sobre a esquerda latino-americana e as grandes questões ambientais

Alexander Zaitchik Intercept

Alexander Zaitchik, no Intercept, pergunta se a esquerda latino-americana conseguirá rejeitar petróleo, a pecuária e a mineração. A pergunta surge daquilo que o cientista social uruguaio Eduardo Gudynas chama de “neoextrativismo”, projeto econômico que alavancou ganhos sociais importantes a partir de um então aquecido mercado de commodities.

Zaitchik diz que, “no lugar (de) transformações mais radicais, o neoextrativismo acelerou o ciclo de destruição exigido pelo papel histórico da região na economia global. As consequências políticas e ecológicas disso foram mais acentuadas nas florestas tropicais, florestas secas e nas cordilheiras ocidentais que são as fontes do sistema amazônico. À medida que os leilões de mineração e petróleo se multiplicavam, as coalizões de trabalhadores urbanos, pequenos agricultores e Povos Indígenas se separaram.”

Vale a leitura do artigo. As encruzilhadas e os caminhos apontados merecem reflexões sérias. “Pode parecer absurdo que possa surgir um movimento para construir uma nova ordem social (que) satisfaça as necessidades humanas enquanto protege e regenera os rios e florestas. Mas (este) não é mais irrealista do que acreditar que uma economia baseada no consumo e no crescimento possa alcançar o equilíbrio ecológico.”

 

ClimaInfo, 18 de dezembro de 2019.

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