Eletronorte tenta mais uma vez licença ambiental para hidrelétrica Tabajara, em Rondônia

Eletronorte hidrelétrica Tabajara

A Eletronorte, do grupo Eletrobrás, apresentou um novo estudo de impacto ambiental ao Ibama na tentativa de avançar com o projeto da hidrelétrica Tabajara, de 400 MW, no rio Ji-Paraná (RO). A usina é estudada desde a década de 1980 e já foi alvo de várias tentativas de licenciamento, mas nunca conseguir avançar por conta de sua alta complexidade ambiental.

O investimento previsto em R$ 5 bilhões alagaria 96,3 km² de Floresta Amazônica, em uma região pontilhada por Unidades de Conservação. O professor Artur Moret, da Universidade Federal de Rondônia, chama a atenção para os novos estudos apresentados não terem abordado os impactos do projeto sobre os Povos Indígenas Arara-Gavião e Parintintins, além de grupos isolados que vivem na região.

Na semana passada, o Ministério Público Federal em Rondônia demandou à Eletrobrás que, no prazo de 30 dias, apresente informações aprofundadas sobre os impactos ambiental e socioeconômico do projeto. Em sua manifestação, o MPF pede ao Ibama para que “não emita a licença prévia antes da produção destes dados complementares e indispensáveis”.

A região de Machadinho d’Oeste, afetada pelo projeto, é uma das áreas da Amazônia que mais sofrem com desmatamento e ocupações ilegais de terra. O projeto, que já chegou a figurar na lista de empreendimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), está há anos no papel, mas não avança por conta de dificuldades de licenciamento ambiental.

 

ClimaInfo, 19 de dezembro de 2019.

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