A média de temperatura global de 2020 deve ultrapassar 1,1°C acima da média pré-industrial, informa o Met Office, do Reino Unido.
O ano mais quente até hoje registrado foi 2016, quando o mundo sofreu um forte El Niño. Os anos seguintes estiveram todos perto do recorde.
Às taxas atuais de aumento da temperatura média global poderemos ultrapassar o limiar de 1,5°C dentro de duas décadas.
O mundo ultrapassou pela primeira vez o limiar de 1°C em 2015. Desde então, todos os anos têm registrado temperaturas próximas ou acima desta marca.
O cientista do Met Office, Dr. Doug Smith, diz: “A previsão para 2020 colocaria o próximo ano entre os seis anos mais quentes de que há registro, o que teria ocorrido desde 2015”.
Em tempo 1: A média australiana das temperaturas diárias máximas atingiu um novo recorde histórico na 4ª feira, chegando a 41,9°C. O recorde anterior, de 40,9°C, tinha sido estabelecido apenas um dia antes.
Em tempo 2: O povo originário da Austrália que vive na cidade de Alice Springs (região central) talvez venha a se transformar nos primeiros refugiados climáticos da Austrália, já que o aumento da temperatura torna a vida cada vez mais difícil, relata o Guardian.
Os aborígenes de Alice Springs enfrentaram 129 dias acima de 35°C e 55 dias acima de 40°C, enquanto as pessoas começaram a jogar água com mangueiras sobre suas casas para lidar com o calor insuportável, apesar da falta de água. Os aborígenes “evoluíram para lidar com o clima áspero e variável do deserto, mas há limites”, disse Josie Douglas, moradora de Alice Springs e gerente de políticas e pesquisas do Conselho Central de Terras. “Sem ação para deter as mudanças climáticas, as pessoas serão forçadas a deixar suas terras e deixar para trás muito do que as torna aborígenes (…) A mudança climática é uma clara e presente ameaça à sobrevivência do nosso povo e da sua cultura”.
ClimaInfo, 20 de dezembro de 2019.
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