Bheka Munduruku: “Com que direito, então, querem nos impor costumes e valores estranhos à nossa cultura?”

24 de janeiro de 2020

Bheka Munduruku escreveu um forte artigo para a Folha. “Não apenas sobrevivemos do que tiramos de nossa Terra – cuidar dela é a própria razão de nossa existência. Nós a protegemos há mais de 4.000 anos, mas a história pariwat, como chamamos os estrangeiros, registra que nos encontramos pela primeira vez em 1768. Desde então fomos obrigados a acrescentar a resistência entre nossos hábitos (…) Sabe-se hoje que a floresta em pé ajuda a conter as mudanças climáticas. Nós mesmos já sentimos os seus efeitos: teve ano que choveu em março, em vez de novembro. Mas o desmatamento não é a única ameaça que ronda a Amazônia. E não temos mais como protegê-la sozinhos” E Bheka Munduruku continua: “Não precisamos de ouro, mas não podemos mais nadar no Tapajós, pois ele adoeceu: suas águas estão contaminadas pelo mercúrio do garimpo ilegal. E o governo ainda insiste no plano de construir 43 hidrelétricas em sua bacia. O Tapajós é o último afluente da margem direita do rio Amazonas a correr livre. Barrar um rio é matar tudo o que nele vive.”

 

ClimaInfo, 20 de janeiro de 2020.

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