Grupo da sociedade civil composto de acadêmicos, políticos e organizações da sociedade civil, como Greenpeace, MST e MTST, entrou com representação na Procuradoria Geral da República contra o ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente) e o presidente do Instituto Chico Mendes, Homero Cerqueira, por favorecimento de políticos e ruralistas do Acre.
Cerca de um mês depois de se reunir com cinco infratores ambientais em Brasília, Salles suspendeu a fiscalização dentro da Reserva Extrativista (RESEX) Chico Mendes, naquele estado. Para se ter ideia da composição da reunião, dela participou o autor de uma ameaça de morte contra um servidor do ICMBio, um ex-procurador-geral do Acre acusado de abrir uma estrada ilegal dentro da RESEX Chico Mendes, um condenado por desmatamento e uma fazendeira que instalou um haras em uma Unidade de Conservação criada para atender a seringueiros.
Apenas em 2019, a RESEX Chico Mendes perdeu 74,5 km2 de floresta, segundo dados do sistema PRODES, do INPE, a maior perda da série histórica iniciada em 2008, e que representa um aumento de 203% em relação ao ano anterior.
A Folha de S. Paulo e a Revista Fórum comentam a representação.
ClimaInfo, 23 de janeiro de 2020.
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