Desigualdade dificulta enfrentamento da emergência climática

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O editor de economia do The Guardian, Larry Elliott, reflete sobre o foco na emergência climática da reunião de Davos: “Qualquer pessoa sensata que observe de fora a reunião anual do Fórum Econômico Mundial fará a seguinte análise: os trabalhadores ficariam menos aterrorizados com as novas tecnologias se fossem representados por um sindicato. O crescimento seria maior, e menos dependente da dívida, se os trabalhadores fossem capazes de negociar coletivamente. O apoio público a uma ação mais rápida para combater o aquecimento global seria mais forte sob um sistema fiscal mais progressivo. Os empresários desenvolveriam mais rapidamente novas tecnologias verdes se os governos estabelecessem metas mais onerosas para a redução das emissões de carbono. Todas essas ideias são um anátema para aqueles que dirigem corporações multinacionais. Eles odeiam a ideia de sindicatos, são ideológicos em sua oposição a estados mais fortes e recuam da ideia de que deveriam pagar mais impostos. Mas se é esperado que as pessoas pobres façam todos os sacrifícios, deve-se esperar também alguma resistência. E esperar que a batalha que se avizinha seja longa e dura.”

 

ClimaInfo, 28 de janeiro de 2020.

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