Até o momento, a Petrobras e a Shell encontraram apenas indícios de óleo e gás em seus novos poços no pré-sal, nada economicamente atrativo. André Ramalho, no Valor, conta que foi uma decepção a exploração nos dois primeiros poços perfurados em áreas do leilão de novas áreas do pré-sal de 2017. Segundo a consultoria Wood Mackenzie, “os poços (…) até agora não conseguiram produzir uma descoberta viável. As indicações são de que as áreas não foram econômicas”. Um dos problemas pode ser a presença de CO2 no gás e a quantidade de gás presente na extração. “A presença de CO2 numa descoberta não quer dizer, necessariamente, que a área não possa ser economicamente viável. Mas certamente a presença de gás carbônico traz desafios. O CO2, junto com a água, forma um ácido corrosivo que demanda aços especiais. Isso traz mais custos. Além disso, o CO2 não pode ser jogado na atmosfera, tem de ser reinjetado, exigindo novas linhas de injeção. Tem custo envolvido nisso também”, diz o geólogo e consultor, Pedro Zalán.
ClimaInfo, 28 de janeiro de 2020.
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