Depois de cinco anos em baixa, o setor elétrico atravessará mares turbulentos neste ano. Rodrigo Polito, do Valor, afirma que contratos no valor de 3 GW de termelétricas a óleo combustível se encerram até 2023. Com a economia ainda soluçando, a demanda das distribuidoras ainda é incerta e, portanto, o quanto de energia elas terão que contratar também. Se este cenário, por si só, preocupa, a reforma do setor elétrico, que caminha em um projeto de lei no Senado e outro distinto na Câmara, ambos mexendo com tarifas, subsídios e a ampliação do mercado livre, agrava as incertezas.
Polito conversou com Luiz Augusto Barroso, ex-presidente da EPE, e relata que “o total de contratação de energia dependerá da declaração de necessidade das distribuidoras, cujo mercado é ameaçado pelo processo de abertura do mercado livre e do movimento migratório de consumidores, além do crescimento da instalação de sistemas de geração distribuída a energia solar fotovoltaica.”
Em tempo: o artigo de Polito traz o quadro atual dos leilões previstos para este ano, incluindo os dois dedicados a térmicas a carvão e gás natural. Serão pelo menos 7 térmicas a carvão e mais de 70 projetos a gás ofertando mais de 50 GW. Também haverá um dedicado a hidrelétricas e fontes renováveis.
ClimaInfo, 04 de fevereiro de 2020.
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