A desaceleração econômica da China e de outras grandes economias pressionou os investimentos em energia limpa em 2018 nos países emergentes, ao mesmo tempo em que a geração energética por carvão subiu nesses mesmos mercados. De acordo com a avaliação da BloombergNEF, feita em seu levantamento anual Climatescope, apesar do progresso recente considerável em fontes renováveis, as emissões de CO2 do setor energético dos países em desenvolvimento estão aumentando rapidamente.
A pesquisa também traz boas notícias. Pelo segundo ano consecutivo, as nações emergentes construíram mais capacidade de geração limpa do que suja, com a construção de novas usinas termelétricas a carvão caindo para seu nível mais baixo em uma década. Com exceção da China, a instalação de capacidade de geração renovável cresceu 21%, atingindo um novo recorde.
De toda forma, o Climatescope ressalta que todas as nações, mesmo aquelas com pegada de carbono em franco crescimento nos últimos anos, precisam alcançar emissões líquidas zero até 2050 para limitar o aquecimento global em 1,5ºC. Para que isso aconteça, a transição energética precisa ser acelerada, com mais investimentos em fontes renováveis e a redução substancial do consumo de combustíveis fósseis.
ClimaInfo, 05 de fevereiro de 2020.
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