Solar gera milhares de empregos no semiárido

4 de fevereiro de 2020

O maior parque solar em operação na América do Sul, com 290 MW de capacidade instalada, fica no Piauí, a cerca de 400 km ao sul de Teresina. Segundo o Banco de Informações da Geração (BIG) da Aneel, o estado é sede de outros dois parques. Os três parques somam uma capacidade total de 360 MW, o que corresponde a 11% do total solar instalado no país. A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) diz que o total do que já está operando com as em construção e com as que fecharam contratos nos leilões soma quase 1.000 MW e o Piauí será o estado com maior capacidade instalada, à frente de Ceará (830 MW) e Bahia (780 MW).

Roberta Bonomi, da Enel Green Power no Brasil, conversou com Hérlon Moraes da Cidade Verde e contou que “o estado do Piauí é uma das regiões mais competitivas para geração de energia renovável no país. O estado oferece as condições naturais para o desenvolvimento desse tipo de projeto e possui um ambiente de negócios positivo, fruto do esforço das autoridades para o crescimento da região como um dos berços da energia limpa no Brasil,” e complementa: “Nossos empreendimentos já possibilitaram a geração de cerca de 7 mil empregos diretos. As oportunidades criadas pela cadeia de geração de energia renovável vão além dos empregos diretos e indiretos das obras, já que a capacitação de mão de obra para a implementação das usinas permite que moradores da região se qualifiquem profissionalmente, possibilitando que as pessoas sejam empregadas posteriormente em outros projetos da Enel e demais empresas do setor”.

No Ceará, prevê-se que a expansão das fotovoltaicas gerará quase 5 mil empregos neste ano. Benildo Aguiar, do Sindienergia-CE, disse ao Diário do Nordeste que “nós somos um bebê ainda. Apenas 0,2% do nosso potencial já está sendo explorado (…) As novas tecnologias elevam a eficiência dessas placas. Nos últimos cinco anos, o preço para o consumidor final caiu cerca de 60%. Está bem mais acessível. E vai continuar caindo, talvez não na mesma proporção.”

 

ClimaInfo, 04 de fevereiro de 2020.

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