Em Davos ficou patente um lento movimento de investidores saindo dos fósseis e indo para fontes limpas de energia. Alan Livsey diz no Financial Times que “este movimento representa um grande problema para as gigantes de energia como Exxon, BP e Saudi Aramco. Parte importante de suas reservas de petróleo, gás e carvão podem nunca ser extraídas e queimadas, pois isso intensificaria o aquecimento global, agravaria eventos climáticos extremos ameaçando a perda de terras agriculturáveis e provocaria um enorme deslocamento populacional. Isso poderia deixá-los com um volume enorme do que é conhecido como ativos encalhados (stranded assets). Nesse contexto de emergência climática, o custo de dar baixa nestes ativos poderia ser visto como um pequeno preço a pagar.
Mas as quantias envolvidas são de tirar o fôlego. Segundo estimativas da Lex, cerca de US$ 900 bilhões – ou um terço do atual valor das grandes empresas de petróleo e gás – evaporariam se os governos tentassem agir de forma mais agressiva para limitar o aumento das temperaturas em 1,5°C acima dos níveis pré-industriais até o final do século.”
Livsey não aponta os custos humano e econômico da exploração e da queima destes ativos. Vale ler o longo artigo, dado o ponto de visto do autor.
ClimaInfo, 06 de fevereiro de 2020.
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