Analista aponta os caminhos para uma transição climática nacional

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Martin Wolf, do Financial Times, entende que o único caminho para evitar a catástrofe climática é mudar a matriz energética mundial em uma velocidade quase que impensável.

O passo mais importante é abandonar os combustíveis fósseis: “O núcleo do novo sistema de energia é a eletricidade gerada por meios renováveis (solar e eólica) e a energia nuclear. Isso precisa estar apoiado em uma variedade de sistemas de armazenamento (baterias, hidrelétricas, hidrogênio e gás natural, com captura e armazenamento de carbono).

As reduções de custos já foram grandes o suficiente e o progresso tecnológico rápido o suficiente para viabilizar essa transição a um custo administrável. De qualquer forma, isso seria uma revolução. Uma economia de carbono zero exigiria cerca de quatro a cinco vezes mais eletricidade do que a atual, toda proveniente de fontes não emissoras de carbono. Para fazer essa economia funcionar, o hidrogênio (que em grande parte é produzido por eletrólise) teria um papel essencial.”

Wolf termina com uma mensagem de urgência: “Em suma, será necessário um esforço mundial histórico de um tipo que nunca vimos antes para evitar um perigo que ainda parece remoto para a vasta maioria dos seres humanos. Isso precisa ser feito. Mas será? [Greta] Thunberg teme nossa inação. Trump é uma das razões pelas quais ela tem razão no seu receio. Temos tanto que fazer e tão pouco tempo. Se quisermos ter sucesso em parar as mudanças climáticas, precisamos mudar de rumo agora.”

O Valor publicou uma tradução do artigo.

 

ClimaInfo, 20 de fevereiro de 2020.

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