Verão com recordes de chuvas. Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Santos. Nenhuma cidade brasileira está preparada para lidar com os impactos da maior frequência de eventos climáticos extremos. Ou nos preparamos ou continuaremos contando mortos e prejuízos.
Em São Paulo e Santos, a quantidade de chuva que caiu ao longo do mês de fevereiro foi a maior dos registros. Em Belo Horizonte, isso aconteceu em janeiro. A chuva de domingo no Rio de Janeiro deixou 4 mortos, deslizamentos e enchentes. Segundo o O Globo, o Rio continuará em estado de alerta nos próximos dias. Ontem, o Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD) registrava mais de 200 municípios em Estado de Emergência em todo o país por conta de tempestades.
Em tempo: o prefeito do Rio, Marcelo Crivella colocou a culpa pela mortes na própria população. O Globo conta que Crivella soltou uma pérola ao comentar as mortes em deslizamentos, dizendo que o pessoal prefere morar em áreas de risco para “se verem livres dos esgotos” e gastarem “menos tubos para colocar cocô e xixi”. O prefeito mostrou não saber que o saneamento é um direito constitucional do cidadão e a responsabilidade por colocar tubos é o Estado. O prefeito era o convidado do Roda Viva de ontem. Na última hora, declinou.
ClimaInfo, 3 de março de 2020.
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