Oceanos sofrem com e agravam a crise climática

oceanos

No ano passado, 88% dos corais do Atol das Rocas sofreram um processo de branqueamento porque a temperatura do oceano subiu. Desta vez, ao contrário do que aconteceu na Austrália, passada a onda de calor, eles se recuperaram. Mas o prognóstico não é animador.

Adele Santelli, no National Geographic Brasil, escreveu um belo artigo sobre os impactos climáticos impostos pela mudança climática e, no sentido inverso, o impacto no clima do planeta causado por um oceano mais quente e mais ácido: “Entre elas [as consequências da mudança do clima] estão o aumento da temperatura das águas superficiais; o derretimento de gelo polar com consequente aumento do nível do mar, ameaçando populações costeiras; alterações de temperatura de correntes marinhas com efeitos no transporte de nutrientes e na produção de oxigênio; e mudanças nos ciclos oceânicos que potencializam fenômenos como o El Niño e suas desastrosas consequências.

O aumento de frequência e intensidade de eventos extremos como furacões e tufões e a acidificação nos oceanos também entram na lista – águas mais ácidas afetam significativamente os recifes de corais, ecossistemas indispensáveis para manter o equilíbrio dos oceanos.”

Adele toma como referência o “Relatório Especial sobre o Oceano e a Criosfera em um Clima sob Mudança” (SROCC, na sigla em inglês), publicado pelo IPCC no ano passado, e conversa com vários pesquisadores brasileiros importantes. Ela termina com uma advertência: “Resta encarar com urgência a maior crise ambiental da nossa história com embasamento científico e vontade política. Compreender as mudanças climáticas sob todas as suas formas e atuações em sistemas complexos e integrados da natureza e buscar a real sustentabilidade do planeta é, hoje, o único caminho possível para a nossa sobrevivência.”

 

ClimaInfo, 10 de março de 2020.

Se você gostou dessa nota, clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.

x (x)