Coronavírus: combate à pandemia é dificultado pela guerra do petróleo

12 de março de 2020

Enquanto a Arábia Saudita e a Rússia mantiverem o preço lá embaixo, países exportadores pobres, como Algéria, Nigéria, Iraque e Venezuela, terão menos recursos para enfrentar a pandemia de coronavírus.

O diretor da Agência Internacional de Energia (IEA), Fatih Birol, disse ao Financial Times: “O mundo está enfrentando um grande desafio na luta contra o coronavírus. Acho irresponsável que eles estejam tendo uma guerra de preços agora.”

Ontem, a Arábia Saudita aumentou a aposta e anunciou que, a partir de abril, aumentará a produção do nível dos últimos meses, 9,7 bilhões de barris por dia, para 13 bilhões. O anúncio fez o preço do barril voltar a cair, chegando perto dos US$ 30, algo que não acontecia desde 2004, o que puxou mais uma vez as bolsas para baixo. Mantendo o preço baixo, os árabes testam até onde os russos aguentam e, de quebra, colocam a produção norte-americana e canadense em cheque.

Leslie Hook, no Financial Times, escreve que o crescimento das energias renováveis também deve sofrer com o preço baixo do petróleo, e cita o diretor do IEA: “Baixa o apetite por uma transição energética mais limpa”.

O Valor publicou uma tradução do artigo do FT. O anúncio da Arábia Saudita saiu em toda a mídia. Vale ver o artigo da CNBC.

 

ClimaInfo, 12 de março de 2020.

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