O aviso foi dado ontem pelo diretor da Organização Mundial da Saúde, Tedros Ghebreyesus. Os EUA “lideram” a projeção, com cerca de 210.000 casos, seguidos pela Itália (110 mil) e Espanha (102 mil). A China, onde tudo começou, tem pouco mais de 81 mil casos e está registrando cerca de 50 novos casos por dia. Talvez ainda esta semana, a Alemanha venha a ultrapassar o número de casos da China. Os dados vêm do World Meters.
O número de mortes já passou de 62.000. Itália, Espanha e EUA estão, novamente, à frente. Segundo a CNBC, a Casa Branca preveniu os norte-americanos quanto à estimativa oficial de mortes provocadas pela pandemia: entre 100.000 e 240.000 pessoas. O epicentro da epidemia por lá é a cidade de Nova York, que registrou mais de 76.000 casos e, contando com o resto do estado, já ultrapassou a China.
Aqui, depois de 10 dias com o número de novos casos girando em torno de 350 por dia, nestes últimos dois dias estes números triplicaram: 1.138 na 3ª feira e 1.119 ontem. Os números são do Ministério da Saúde.
Na América Latina, Colômbia e Argentina parecem estar tendo mais sucesso com a contenção da transmissão do que a maioria dos vizinhos. Apesar de serem os 3º e o 4º países em número de habitantes, atrás de Brasil e México, em número de casos, estão em 8º e 9º lugar, respectivamente.
Triste é o que acontece no Equador. Apesar de ter uma população 17 vezes menor que a do Brasil, o número de casos comprovados e de mortes é 40% da quantidade registrada por aqui. A epidemia se espalhou rapidamente por conta da volta em massa ao país da grande colônia equatoriana na Espanha. O sistema de saúde não estava preparado e gente está morrendo em casa e até nas ruas. Uma matéria da BBC traz fotos e vídeos trágicos. O Estadão também contou a história.
As histórias de pobreza e desamparo podem ser uma amostra do que ameaça acontecer nas favelas e comunidades das grandes cidades brasileiras.
ClimaInfo, 2 de abril de 2020.
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