Os reflexos econômicos e comerciais da pandemia

custos

O momento ainda é de dedicar esforços para conter a pandemia de COVID-19. No entanto, economistas e gestores públicos e privados já começam a fazer as contas dos custos deste episódio para a economia mundial. As projeções sobre o PIB brasileiro em 2020 são preocupantes: o Banco Central já trabalha com a possibilidade de uma retração de 5,5% na economia do país neste ano, o que seria a queda mais forte da nossa história.

Para Míriam Leitão, d’O Globo, os desgastes causados pela crise podem ser atenuados se o governo agir rápido e liberar o quanto antes o auxílio emergencial de R$ 600 aos trabalhadores informais e vulneráveis, que vai injetar R$ 98 bilhões na economia. Com esse recurso sendo mobilizado, o consumo se mantém e pode ajudar a diminuir o tamanho da recessão.

Por outro lado, existe também uma preocupação sobre a disponibilidade de alimentos para a população em meio à crise. Em comunicado conjunto, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização Mundial do Comércio (OMC) alertaram que os impactos causados pela pandemia no comércio internacional e nas cadeias de abastecimento podem resultar em escassez de alimentos em nível global. Assim, estas organizações defendem que os governos trabalhem para garantir os negócios comerciais e a proteção dos trabalhadores da cadeia de produção alimentar para minimizar a propagação do vírus e manter os fluxos de produção e distribuição nos países. Assim como no começo das quarentenas os consumidores correram para os supermercados para fazer estoque, há governos de países produtores fazendo estoques estratégicos, e grandes países consumidores fazendo o mesmo, acirrando ainda mais a ameaça de escassez.

 

ClimaInfo, 8 de abril de 2020.

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