Garimpeiros e madeireiros ilegais aumentam risco de contaminação entre indígenas

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O IBAMA detectou que as invasões de Terras Indígenas se intensificaram durante o período da pandemia do novo coronavírus – o que acende sinal de alerta ao risco que as Comunidades Indígenas correm ao serem atingidas pela pandemia.

O mais recente flagrante de garimpo clandestino foi na Terra Indígena Aptereua, do povo Paracanã, em São Felix do Xingu, no Pará. Segundo o G1, cerca de 550 hectares de floresta foram destruídos para a extração ilegal de ouro. O garimpo foi encontrado durante sobrevoo na TI, que fica em um afluente do rio Xingu.

Segundo O Globo, lideranças indígenas denunciam que o assédio de garimpeiros em Roraima complica ainda mais a situação dos Yanomami. A Associação do Povo Indígena Karipuna (Apoika), o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e o Greenpeace denunciaram que na 4ª feira, indígenas Karipuna avistaram quatro invasores limpando uma área de floresta próxima à Aldeia Panorama, em Rondônia. Eles relataram, também, que escutaram ruídos de máquinas e motosserras.

O Brasil já soma ao menos sete casos de coronavírus entre indígenas em três estados diferentes. Além dos registros de quatro familiares da etnia Kokama, em Santo Antônio do Içá, no Amazonas, outros três pacientes testaram positivo para a COVID-19, incluindo uma senhora borari de 87 anos, que só teve o diagnóstico confirmado pela secretaria de Saúde do Pará depois de ter sido sepultada, na vila de Alter do Chão, distrito de Santarém. Os outros dois casos foram confirmados em Manaus – um homem de 45 anos da etnia Baré – e em Roraima – um adolescente Yanomami de 15 anos.

 

ClimaInfo, 9 de abril de 2020.

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