Sobre a necessidade de aliar a recuperação da economia ao respeito ao meio ambiente e à redução da desigualdade

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Governos do mundo todo anunciam pacotes para mitigar os impactos da pandemia e para reativar as economias na saída das quarentenas. Ao invés de voltar ao velho normal, caminhos novos podem ser trilhados.

Para o Ecoa-UOL, Janaina Garcia conversou sobre estes caminhos com Alexandre Prado, do WWF: “Nossa proposta global, e não apenas na União Europeia [onde nasceu hoje uma aliança entre países e ONGs para defender uma saída verde à crise econômica do coronavírus], é que se está construindo um novo modelo de economia e que esses olhares sejam recompostos olhando uma economia mais verde e distributiva, mais igualitária (…) me parece é que estamos tendo a oportunidade de olhar para a energia. Todo um outro setor vinculado aos fósseis, como a solar e a eólica que estavam sendo valorizadas, agora tem uma tendência de ampliação.”

Prado enfatiza o tema da desigualdade que ganhou cores dramáticas com a pandemia: “Temos que olhar para as desigualdades; não faz sentido a gente ver o que acontece em Manaus, por exemplo, e pensar que, como dizia Delfim Netto, ‘tem que fazer o bolo crescer, para depois dividi-lo’. O bolo cresceu, cresceu, mas o panorama seguiu muito desigual. Precisamos aprender com nossos erros: não temos que aumentar o bolo, mas dividi-lo melhor.”

 

ClimaInfo, 23 de abril de 2020.

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