Enorme vazamento de metano da exploração por fracking nos EUA

27 de abril de 2020

Os poços de fracking vazam duas vezes mais metano e CO2 para atmosfera do que o considerado até agora. A grande área de folhelho do Centro-Sul dos EUA foi responsável pela expansão exponencial da exploração por fracking, expansão esta que fez do país o maior produtor de petróleo no ano passado. Lá se encontram poços que miram na extração de gás natural; nestes, por mais que cuide, uma parte do gás vaza à atmosfera. Esse gás é quase todo metano, um gás que impacta o aquecimento global quase 30 vezes mais do que o CO2. Mas, na maioria dos poços que extrai petróleo, o gás é um estorvo. Nesse caso, queima-se parte do gás, o que libera CO2, ou simplesmente se deixa que este escape para a atmosfera.

Phil McKenna, no Inside Climate News, relata que medições recentes indicaram que a quantidade de metano emitida na região é mais que o dobro do estimado pela Agência de Proteção Ambiental. Pior, McKenna diz que, com a crise do petróleo, muitos produtores quebrarão e ninguém sabe em que estado deixarão as instalações. Ou então, os cortes de pessoal e de gastos com equipamento poderão achar um alvo especial nas obrigações ambientais, já relaxadas por Trump.

Kristina Marusic, no Daily Climate, também escreve sobre os vazamentos de metano, mas diz que a liberação do gás para a atmosfera é de pelo menos 15% acima do até agora reportado.

 

ClimaInfo, 27 de abril de 2020.

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