Justiça determina que governo freie o desmatamento na Amazônia

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A Justiça Federal do Estado do Amazonas exigiu que o Ibama e o ICMBio justificassem porque o desmatamento não para de bater recordes. Segundo André Borges, do Estadão, a juíza Maria Pinto Fraxe exigiu, também, que se desse explicações do porquê do número de operações diminui exatamente quando o desmatamento aumenta. No ano passado, no estado do Amazonas, o Ibama emitiu 201 autos de infração, enquanto em 2018 tinha emitido mais de 50% a mais – 320 autos. Em 2017, foram 339 e, em 2016, 360. O MPF, autor da ação, indica que “o mesmo fenômeno de afrouxamento da fiscalização se verificou no ICMBio, órgão responsável pelo enfrentamento de ilícitos ambientais em Unidades de Conservação federais.”

No primeiro trimestre, o sistema de alertas de desmatamento do DETER/INPE registrou um aumento de 30% na área desmatada em comparação ao mesmo período no ano passado. O MPF diz que “o Poder Executivo tem ciência de quais são as áreas nas quais sua atuação é imprescindível a fim de frear o desmatamento na Amazônia”, e, apesar disso, esse conhecimento “não se consolidou em resultados, na medida em que a curva de desmatamento segue crescente, inclusive após o reconhecimento da pandemia de coronavírus”.

Vale ver a matéria de Travis Waldron, no Huff Post, sobre as pressões que os Povos Indígenas estão sofrendo diantes dos ataques do governo Bolsonaro e, agora, sua vulnerabilidade diante do coronavírus.

 

ClimaInfo, 27 de abril de 2020.

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