Este seria o “Super Ano” da Biodiversidade, segundo a ONU. Mas, por conta da pandemia, conferências foram adiadas, projetos foram colocados em compasso de espera e financiamentos foram interrompidos.
Nisha Owen, do On The Edge Conservation, aponta para outro desastre: “Há relatos de atividades ilegais ocorrendo em campo que não estão sendo patrulhadas ou monitoradas ou contabilizadas por causa das quarentenas do coronavírus ou da redução de pessoal e orçamentos. Não vamos saber a escala do impacto que pode ter havido na vida selvagem e na biodiversidade até que sejamos capazes de avaliar isso sistematicamente, e isso provavelmente não vai acontecer até sairmos da quarentena”.
Parte importante dos recursos de organizações de conservação vem de entidades filantrópicas e elas estão recebendo menos doações este ano. Assim, a pandemia ressaltou a importância dos trabalhos de investigação dos ecossistemas e, também, reduziu a capacidade das organizações de zelar pelos territórios, protegendo a vida selvagem e enfrentando as mudanças climáticas e o declínio da natureza nos próximos anos. A matéria de Helen Briggs foi publicada pela BBC.
ClimaInfo, 15 de maio de 2020.
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