A pandemia de COVID-19 causou danos enormes à economia global, ceifando milhões de empregos em diversos países. Muitos desses postos de trabalho, especialmente em setores econômicos que já estavam fragilizados antes da crise, provavelmente não voltarão a ser abertos. É aí que a ação climática pode catalisar a geração de mais empregos, especialmente no setor energético.
Um relatório recente da Universidade de Oxford corroborou com uma análise da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) e apontou que as fontes renováveis de energia podem gerar mais empregos no curto prazo, quando comparadas com os pacotes tradicionais de estímulos, que privilegiam a energia fóssil. Além disso, os empregos associados a fontes renováveis também são menos suscetíveis a cortes em comparação com outras indústrias.
Um estudo de 2016 do Political Economy Research Institute mostra que cada US$ 1 milhão em incentivos aplicados na indústria renovável gera sete vagas integrais de trabalho e quase oito em eficiência energética; já na indústria fóssil, este investimento gera apenas três postos de trabalho.
Outra vantagem das fontes renováveis para a geração de empregos no setor energético é que os empregos criados tendem a ser melhor distribuídos nos países, em contraposição à concentração das vagas de trabalho observada nas fontes fósseis, que dependem do local de exploração do petróleo, do gás ou do carvão.
ClimaInfo, 15 de maio de 2020.
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