Governos e Agências seguem aprofundando a crise climática ao financiar os fósseis

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Desde 2015, quando foi assinado o Acordo de Paris, os países do G20 destinaram financiamento de pelo menos US$ 77 bilhões por ano para os setores de petróleo, gás e carvão. Um relatório da Oil Change International, que tem o sugestivo título de “Ainda Cavando”, avisa que outras crises de petróleo certamente virão, a menos que os países retirem de forma decisiva o apoio aos fósseis. Mais, sem essa mudança, não há possibilidade de se limitar o aquecimento global em 1,5°C como preconizado no Acordo.

Além trazer análises dos países do G20, o relatório mostra que as Agência de Crédito à Exportação, como linhas do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do BNDES, forneceram 14 vezes mais recursos para as fontes fósseis do que para as renováveis. Instituições multilaterais, como o Banco Mundial, que deveriam liderar a transição para uma economia global de baixo carbono, aumentaram seu apoio aos fósseis nos últimos anos. Entre 2013 e 2015, financiaram quase US$ 8 bilhões para projetos fósseis. Entre 2015 e 2018, as benesses aumentaram para US$ 11,5 bilhões.

A Oil Change diz que, para limitar o aquecimento em 1,5°C, governos e agências multilaterais precisam parar imediatamente de usar recursos   públicos para financiar novos projetos fósseis e dirigi-los para as fontes limpas. E, ao contrário do que muitas continuam fazendo, abrir os dados e garantir a total transparência quanto aos financiamentos em energia.

 

ClimaInfo, 28 de maio de 2020.

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