Depois de 113 anos de existência como uma das principais empresas de petróleo do planeta, a Shell não quer mais ser reconhecida como uma “companhia de petróleo”. Para Ben van Beurden, CEO da empresa, essa é a grande missão das próximas décadas.
Em entrevista para a Bloomberg Green, ele reforçou os planos de neutralização de todas as emissões de carbono da Shell, inclusive aquelas que acontecem fora de seu controle operacional, como as de seus clientes, até 2050. Este é o objetivo mais ambicioso existente entre as empresas do setor que anunciaram planos de descarbonização.
Para Beurden, a queda nos preços internacionais do petróleo, a expectativa de uma retomada tímida da demanda pelo combustível no pós-pandemia e o avanço das fontes renováveis de energia reforçam a importância econômica do movimento da companhia.
Enquanto a Shell pensa em um futuro “verde”, a BP ainda lambe as feridas causadas pela queda acentuada nos preços internacionais do petróleo e pela desaceleração econômica resultante da pandemia. Na 2ª feira (8/6), a gigante britânica anunciou a demissão de cerca de 10 mil trabalhadores ao redor do mundo nos próximos meses. A reestruturação visa reduzir os custos operacionais da companhia e garantir recursos para viabilizar a implantação de seu plano de neutralização de emissões até 2050.
ClimaInfo, 10 de junho de 2020.
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