Desmatamento cresceu 12% na Amazônia em maio, completando 13 meses consecutivos de aumento

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Dias após o vice-presidente Hamilton Mourão declarar que o desmatamento na Amazônia em maio tinha caído para “o mínimo comparado com anos anteriores”, o INPE confirmou exatamente o inverso: a devastação florestal subiu 12% no mês passado com relação a maio de 2019. Pior: maio de 2020 registrou também o maior valor para o mês na série histórica recente.

Dados do sistema DETER de monitoramento apontam que as áreas sob alerta de desmate somaram 829 km2 em maio, com Pará (344 km2), Amazonas (182 km2) e Mato Grosso (177 km2) na dianteira. Na comparação com abril passado, os alertas mais que dobraram, com aumento de 103% entre os dois meses.

Essa notícia caiu como um balde de água fria sobre Mourão e sua GLO, com grande participação das Forças Armadas e orçamento de mais de R$ 60 milhões para um mês. Os dados de maio mostram que a chamada Operação Verde Brasil 2 ainda não foi capaz de fazer frente ao desafio de conter a destruição florestal na Amazônia. De toda forma, o governo federal confirmou que a GLO será prorrogada até 10 de julho.

Os novos números do DETER foram destacados nos Estadão, Folha, UOL e G1.

Em tempo: O vice-presidente, que também encabeça o Conselho da Amazônia, confirmou na quarta passada (10/6) que os recursos do Fundo Amazônia devem ser liberados em até três meses. No entanto, mesmo com a afirmação de Mourão, noruegueses e alemães, os grandes doadores dos recursos do Fundo, ainda não garantiram o repasse dos recursos.

 

ClimaInfo, 15 de junho de 2020.

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