Quarentena desperta para a importância de um ar mais limpo

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A quarentena aplicada em diversas partes do mundo nos últimos meses despertou um desejo comum em muitos países: o de um ar mais limpo nas cidades e de regras mais rígidas para que a redução da poluição. Esta é a conclusão de uma pesquisa divulgada na semana passada, conduzida pela YouGov, a pedido do grupo de advocacy Clean Air Fund.

A pesquisa ouviu pessoas em cinco países – Reino Unido, Bulgária, Índia, Nigéria e Polônia – e as questionou sobre sua opinião acerca de medidas para se reduzir a poluição atmosférica em suas respectivas cidades. Em todos os casos, a maior parte dos entrevistados declarou que deseja ter um ar mais limpo. Medidas como a reformatação de vias públicas para incentivar o uso por ciclistas e pedestres e a melhoria das condições do transporte público também obtiveram grande apoio nos países consultados.

Em tempo 1: Outra pesquisa, conduzida pelo Instituto Reuters da Universidade de Oxford com a participação de 80 mil pessoas em 40 países nos primeiros meses de 2020, indica que quase sete em cada dez entrevistados entendem a mudança do clima como um “problema muito ou extremamente sério”. Mesmo assim, algumas diferenças foram perceptíveis. Por exemplo, dos cinco países com maior proporção de consultados preocupados com a crise climática, quatro são do chamado “Sul Global”: Chile (90%), Quênia (90%), África do Sul (87) e Filipinas (85%). Na outra ponta, os cinco países com a menor proporção de preocupados com a mudança do clima são da Europa Ocidental: Bélgica (54%), Dinamarca (53%), Suécia (50%), Noruega (43%) e Holanda (41%). No Brasil, 75% dos entrevistados afirmaram terem alto grau de preocupação com a crise climática.

Em tempo 2: Vale a pena ler a matéria da BBC com Greta Thunberg, a jovem ativista climática. Para ela, o mundo precisa aprender com as lições da pandemia e tratar a crise climática com a mesma urgência. A reportagem traz também impressões de Greta sobre sua jornada “sabática” realizada no ano passado, quando navegou pelo Atlântico para participar de “greves climáticas” com outros jovens na América do Norte.

 

ClimaInfo, 23 de junho de 2020.

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