Dados da Aneel reafirmam o bom momento da geração distribuída no Brasil: atualmente, estão em operação 255,9 mil usinas instaladas em comércios, residências e pequenas empresas, somando 3,2 GW de capacidade. O Canal Energia destaca que a fonte solar fotovoltaica concentra quase a totalidade dessa capacidade (99,8%), com 3 GW de potência.
Além de continuar crescendo em termos de capacidade, a geração solar fotovoltaica tem mostrado resiliente aos efeitos da pandemia sobre o setor elétrico brasileiro, bastante afetado. “Apenas nos primeiros cinco meses de 2020, o mercado [solar fotovoltaico] criou mais de 37 mil postos de trabalho, mesmo em meio à crise econômica e sanitária da COVID-19”, afirmou Rodrigo Sauaia, CEO da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).
Em tempo: O Valor destacou na semana passada a “queda-de-braço” entre distribuidoras e produtores de biocombustíveis sobre as novas metas de descarbonização do RenovaBio. De acordo com o programa, as distribuidoras devem cumprir metas de redução de emissão por meio da compra de Certificados de Descarbonização (CBios) vendidos pelos produtores de combustíveis renováveis. No entanto, por conta do impacto da pandemia no consumo, o governo está revisando as metas para os próximos dez anos.
A principal diferença entre os dois grupos está na quantidade de CBios a ser ofertada nos próximos anos. As distribuidoras receiam que o setor produtivo não será capaz de produzir a quantidade necessária de certificados para atender às metas, o que causará penalidades. As incertezas quanto aos preços dos CBios também preocupam. Já os produtores, por sua vez, preveem uma sobreoferta de CBios e defendem reduções mais amenas nas metas do RenovaBio.
ClimaInfo, 14 de julho de 2020.
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