Os 100 dias para a saída dos EUA do Acordo de Paris – e a eleição presidencial que poderá trazê-los de volta

Acordo de Paris EUA

O dia de ontem (27/7) marca a contagem regressiva de 100 dias para a saída formal dos Estados Unidos do Acordo de Paris. O The Guardian fez um especial que reforça a importância da decisão política que será tomada pelos eleitores norte-americanos em novembro: reeleger Trump presidente poderá ser o tiro de misericórdia em qualquer possibilidade de se conter o aquecimento do planeta. Sua eventual não eleição dá ainda alguma esperança.

Em junho de 2017, poucos meses após assumir o cargo, Trump anunciou a decisão de retirar os EUA do Acordo de Paris, acusando-o de ir contra os interesses nacionais e a independência energética do país. O processo de saída foi iniciado formalmente no ano passado, com sua efetivação prevista para 4 de novembro, um dia depois da eleição presidencial que decidirá quem ocupará a Casa Branca a partir de 20 de janeiro de 2021.

“Trump trabalhou ativamente contra medidas que poderiam enfrentar a crise climática. Seu governo removeu inúmeras proteções ambientais, impulsionou a indústria fóssil, enterrou o relatório de Avaliação Climática Nacional, desapareceu com qualquer referência à ciência climática dos sites oficiais e ajudou a promover uma atmosfera anticientífica nos Estados Unidos”, escreveu John Mulholland no artigo que abre o especial.

O adversário de Trump em novembro, o democrata Joe Biden, já anunciou que recolocará os EUA no Acordo de Paris caso seja eleito. Além disso, ele apresentou uma proposta climática abrangente, com a promessa de injetar US$ 2 trilhões em energias renováveis ao longo de seu mandato.

Em tempo: Uma ironia climática: na sua passagem pelo sul do Texas, o furacão Hanna teria derrubado parte do muro de proteção que Trump está construindo ao longo da fronteira com o México. As imagens viralizaram nas redes sociais, mesmo com a negativa do serviço de patrulhamento de fronteiras dos EUA, o qual afirma que a gravação é antiga.

 

ClimaInfo, 28 de julho de 2020.

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