Projeto de geração elétrica solar em favelas do RJ é finalista de prêmio da ONU

Eduardo Avila Revolusolar

O Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA) anunciou na 2ª feira passada (20/7) os cinco finalistas do Prêmio Jovens Campeões da Terra na América Latina e no Caribe. O brasileiro Eduardo Avila, de 25 anos, está entre os finalistas, com a projeto Revolusolar, que trabalha no desenvolvimento de um novo modelo energético em duas comunidades carentes, Morro da Babilônia e Chapéu Mangueira, ambas no bairro do Leme, no Rio de Janeiro.

A iniciativa busca oferecer uma solução acessível e sustentável para geração elétrica, o que inclui a instalação de painéis fotovoltaicos, o treinamento profissionais para moradores locais como eletricistas e instaladores solares, além de oficinas para crianças sobre sustentabilidade.

“É muito gratificante ser reconhecido por esse trabalho. Ao mesmo tempo, a indicação a esse prêmio faz com que mais pessoas passem a prestar atenção no problema de fornecimento de energia. Moradores de comunidades pagam caro e recebem um serviço de baixa qualidade – as quedas de energia são frequentes e o atendimento para a solução do problema costuma demorar. Não é incomum que morros do Rio fiquem sem luz por até uma semana. Queremos mudar isso”, explicou Avila ao G1.

O projeto vencedor receberá US$ 10 mil em capital semente, bem como suporte personalizado para desenvolver seu trabalho e acesso a contatos e mentores capacitados. Os vencedores serão anunciados em dezembro.

Em tempo: Pesquisadores brasileiros desenvolveram um novo processo de reaproveitamento de material orgânico que promete ampliar o acesso da indústria nacional ao chamado etanol de 2ª geração, obtido a partir de subprodutos da cana-de-açúcar, o que pode aumentar a produtividade por área plantada em até 50%. Na Folha, Gabriel Alves explica que cientistas do Laboratório Nacional de Biorrenováveis do CNPEM, ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, fizeram modificações genéticas em uma linhagem do fungo Trichoderma reesei, que tem capacidade natural de digerir celulose e hemicelulose, componentes que formam a parte mais fibrosa e rígida da planta, mais difícil de se aproveitar no processo convencional.

 

ClimaInfo, 29 de julho de 2020.

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