Mineração no fundo do mar levanta preocupações sobre impactos em ecossistemas marinhos

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Na BBC News Brasil, Eduardo Ribeiro abordou uma possibilidade que vem sendo cada vez mais pensada por empresas e governos, considerando o esgotamento dos recursos minerais em terra firme depois de séculos de exploração: a mineração no fundo do mar. A milhares de metros de profundidade, encontram-se reservas gigantescas e intocadas de minérios como manganês, ferro, cálcio, além de reservas de nódulos polimetálicos, usados na produção de painéis solares, baterias, bem como armamento e equipamentos laboratoriais. A demanda futura por esses recursos, especialmente na indústria tecnológica, pode forçar os países a explorar a obtenção dessa matéria-prima no fundo do mar.

A Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA) já emitiu 30 licenças para pesquisa exploratória em vastas áreas no fundo do mar em 22 países. No entanto, até agora, não existe nenhum contrato vigente para exploração efetiva. De toda forma, os países estão se movimentando para formalizar regras internacionais para essa exploração. No entanto, organizações ambientalistas apontam para os impactos que essa atividade de exploração submarina pode causar nos ecossistemas marinhos. No ano passado, o Greenpeace divulgou uma carta de cientistas marinhos de todo o mundo, apresentada durante a assembleia anual da ISA em Kingston (Jamaica), contra essa proposta, afirmando que a mineração em alto-mar “coloca a saúde geral do oceano e seus ecossistemas sob ameaça” e poderia contribuir para a degradação do clima global.

 

ClimaInfo, 4 de agosto de 2020.

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