Grandes bancos brasileiros não mais financiarão “empresas de carne que desmatam a Amazônia”

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O presidente do Itaú-Unibanco, Candido Bracher, afirmou que um dos alvos principais da ação ambiental conjunta com Bradesco e Santander é acabar com o financiamento a atividades econômicas que contribuam para o desmatamento na Amazônia.

Em entrevista à série “Retomada Verde” do Estadão, Bracher disse que os bancos querem garantir que a indústria não se abasteça de carne de rebanhos criados em área desmatada. “Não vamos financiar [as empresas] dessa cadeia que estiverem nessas condições. Vamos montar um plano para desestimular o consumo de gado criado em área ilegal”, disse. O executivo defendeu também mudanças na política ambiental do governo federal. “Claramente, a política ambiental do governo no que se refere à questão da Amazônia não está funcionando. Nós precisamos ajudar e o governo tem de agir com eficiência maior”.

Já o Bradesco anunciou nesta semana que seu braço de gestão de investimentos, a Bradesco Asset Management (BRAM), criará um ranking para identificar as empresas de seu portfólio que mais investem de acordo com as melhores práticas ambientais, sociais e de governança (ESG). Segundo o diretor executivo do banco, Renato Ejnisman, o ranking será público e ajudará nas decisões de investimento da instituição. “Quem tem uma classificação melhor, tende a ter mais recurso. Mas o que a gente quer é que as empresas saibam como o banco quer que elas sejam”, disse Ejnisman ao Estadão.

 

ClimaInfo, 13 de agosto de 2020.

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