Solar e eólica geraram quase 10% da eletricidade global no 1º semestre de 2020

geração renovável

Um relatório publicado ontem (13/8) pelo think tank britânico Ember revelou o crescimento de 14% da geração de energia eólica e solar no 1º semestre de 2020, o que elevou a representatividade dessas fontes na matriz energética global de 8,1% em 2019 para 9,8% no semestre passado. O dado reforça a tendência de expansão eólica e solar desde 2015, quando elas tinham participação de apenas 4,6% na geração energética total.

O levantamento analisou dados de geração de energia elétrica de 48 países, que representam 83% da produção global de eletricidade. De acordo com a Ember, muitos países importantes agora geram pelo menos de 1/10 de sua eletricidade a partir de fontes eólica e solar. É o caso de China, Índia, Japão, Brasil, EUA e Turquia. Já Alemanha e Reino Unido apresentaram resultados ainda melhores, com 42% e 33%, respectivamente. Na União Europeia como um todo, a participação das fontes eólica e solar alcançou 21% no último semestre.

A participação do carvão na geração global diminuiu no mesmo período, com uma queda de 8,3% entre o 1º semestre de 2019 e o 1º de 2020. O estudo revela que parte importante dessa diminuição se deve à pandemia, a qual diminuiu a demanda elétrica global. Mas pelo menos 30% da queda do carvão pode ser atribuída ao aumento das gerações elétricas eólica e solar.

O relatório ressaltou que a transição do setor elétrico global ainda é incompatível com o cenário de limitação do aquecimento global em 1,5°C previsto pelo Acordo de Paris. Para que isso aconteça, o carvão precisará cair 13% a cada ano na próxima década, sendo substituído por fontes renováveis de energia.

Os dados do novo levantamento da Ember foram repercutidos por veículos como Bloomberg, Climate Home, Daily Mail e Reuters.

 

ClimaInfo, 14 de agosto de 2020.

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