Aliança reúne empresários e especialistas em defesa da Amazônia

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Um grupo de executivos de grandes empresas e bancos, pesquisadores, militares, economistas, políticos e ambientalistas está se formando para discutir os caminhos e as possibilidades para um desenvolvimento socioeconômico sustentável da Amazônia, que melhore a qualidade de vida de sua população sem derrubar a floresta.

Denominado “Uma Concertação pela Amazônia”, o grupo já reúne mais de 100 pessoas e pode vir a preencher o vácuo deixado pelo poder público no debate sobre a preservação da floresta. No Valor, Daniela Chiaretti explicou como a iniciativa tomou forma ao longo dos últimos meses, incentivada principalmente pelos números crescentes do desmatamento na Amazônia e o reflexo destes na imagem e no prestígio do Brasil no exterior.

“Por enquanto, é uma conversa entre pessoas preocupadas e interessadas. De ideias retrógradas ou avançadas, não interessa, temos que lidar com todas”, explicou Guilherme Leal, fundador da Natura e um dos nomes que encabeça o grupo. “É a tentativa de promover um grande diálogo para se construir caminhos de futuro de desenvolvimento para o Brasil, não apenas para a Amazônia. Que conciliem a potência ambiental com a agrícola. É uma visão multifacetada, pela dimensão amazônica”.

Outra novidade anunciada nesta semana é a criação do conselho consultivo da Amazônia, formado pelos três maiores bancos privados do Brasil – Itaú Unibanco, Bradesco e Santander. De acordo com as instituições, o conselho apoiará o processo de implantação do plano de desenvolvimento sustentável para a Amazônia.

O conselho será formado por sete especialistas, que se reunirão a cada três meses para refletir sobre as dinâmicas da região e propor novas ações para os bancos. Farão parte do conselho Adalberto Luís Val (INPA), Adalberto Veríssimo (Imazon), André Guimarães (IPAN/Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura), Carlos Nobre (INPE), Denis Minev (Grupo Bemol), Izabella Teixeira (ex-ministra do meio ambiente) e Tereza Vendramini (Sociedade Rural Brasileira). O Estadão repercutiu a criação do conselho.

 

ClimaInfo, 27 de agosto de 2020.

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